XINXIN DE GALINHA
A COZINHEIRA POR UM DIA atravessará as fronteiras do Estado de Minas Gerais e levará à sua mesa o magnífico Xinxin de Galinha, que é um dos pratos da culinária baiana e, como o acarajé, faz parte da comida do ritual do candomblé. Tal prato possui características mais suaves do que os ardentes temperos da Bahia. O seu preparo a base de frango e camarão exprime certa sofisticação. Outro ingrediente marcante é o azeite de dendê, aqui dosado com moderação. Acompanha arroz e bata palha. Quem prova essa especialidade, indubitavelmente quer bis!
FEIJOADA NOBRE
Confira a mais saborosa feijoada, preparada com carnes nobres e, posto à parte, o sensacional molho picante (segredo de família). Conta ainda com as seguintes guarnições: arroz branco, torresmo, farofa caseira, couve, laranjas e abacaxi em fatias.
Feijoada é Assim
Carlos Drummond de Andrade
Uma velha e perfeita cozinheira a quem pedi a fórmula sagrada
Da feijoada à mineira,
Mandou-me. Ei-la:
“Receita de feijoada –
Tome coisa de um litro de feijão
Preto, novo, sem bicho,
E, depois de catado com capricho,
Jogue no caldeirão.
(Com feijão que não seja preto é à toa
tentar fazer feijoada.
E se teimar, não cuide que sai boa;
Sai não valendo nada.)
Quando estiver o caldeirão fervendo
Ou antes, deite o sal,
As mãos de porco, orelhas e, querendo,
Focinhos e rabo; isto (está claro) tendo,
Porque não tendo é o mesmo, não faz mal.
Se, além desses preparos, deitar nela
Linguiça e mais um osso de presunto,
Só o cheiro da panela
Faz crescer água à boca de um defunto.
Eu já ia me esquecendo (que memória)
Da carne seca e da couve.
Feijoadas sem elas, qual! É a história…
Não há nem nunca houve.
Depois de tudo bem cozido, a ponto,
Machuque bem um pouco do feijão
E pronto.
Mas machuque só a parte que senão,
Em vez de feijoada sai pirão.
Eis, aí está o prato preparado…
Minto: falta ainda o molho
Que embora simples é o segredo o escolho
De muito bom guisado.
O molho faz-se com vinagre, ou então,
(Para sair a coisa mais completa)
com suco de limão
e bastante pimenta malagueta.
Sal, ponha quantum satis.
Não vai ao fogo nem ligeiramente,
Exceto se levar também tomates,
Cebola, ou outro que tal ingrediente.
Co/a feijoada, a clássica, a mineira
É compulsório o uso da farinha.
Como bebida, um trago de caninha.
Há quem regue o vinho; mas é asneira.
Quanto à caninha fala-se
Ou não se fale, a mim é indiferente.
Eu tenho a firme opinião que um cálice
Nenhum mal faz à gente.”
Eis aí a receita.
Publico-a sem responsabilidade.
Experimentem, se sair bem feita
E eu, no dia, estiver nessa cidade…
Não insinuo nada:
Apenas lembro que ninguém rejeita
Convite para almoço de feijoada.
ANDRADE, Carlos Drummond de (org.).
Brasil Terra e Alma; Minas Gerais
Feijoada é Assim
Carlos Drummond de Andrade
Uma velha e perfeita cozinheira a quem pedi a fórmula sagrada
Da feijoada à mineira,
Mandou-me. Ei-la:
“Receita de feijoada –
Tome coisa de um litro de feijão
Preto, novo, sem bicho,
E, depois de catado com capricho,
Jogue no caldeirão.
(Com feijão que não seja preto é à toa
tentar fazer feijoada.
E se teimar, não cuide que sai boa;
Sai não valendo nada.)
Quando estiver o caldeirão fervendo
Ou antes, deite o sal,
As mãos de porco, orelhas e, querendo,
Focinhos e rabo; isto (está claro) tendo,
Porque não tendo é o mesmo, não faz mal.
Se, além desses preparos, deitar nela
Linguiça e mais um osso de presunto,
Só o cheiro da panela
Faz crescer água à boca de um defunto.
Eu já ia me esquecendo (que memória)
Da carne seca e da couve.
Feijoadas sem elas, qual! É a história…
Não há nem nunca houve.
Depois de tudo bem cozido, a ponto,
Machuque bem um pouco do feijão
E pronto.
Mas machuque só a parte que senão,
Em vez de feijoada sai pirão.
Eis, aí está o prato preparado…
Minto: falta ainda o molho
Que embora simples é o segredo o escolho
De muito bom guisado.
O molho faz-se com vinagre, ou então,
(Para sair a coisa mais completa)
com suco de limão
e bastante pimenta malagueta.
Sal, ponha quantum satis.
Não vai ao fogo nem ligeiramente,
Exceto se levar também tomates,
Cebola, ou outro que tal ingrediente.
Co/a feijoada, a clássica, a mineira
É compulsório o uso da farinha.
Como bebida, um trago de caninha.
Há quem regue o vinho; mas é asneira.
Quanto à caninha fala-se
Ou não se fale, a mim é indiferente.
Eu tenho a firme opinião que um cálice
Nenhum mal faz à gente.”
Eis aí a receita.
Publico-a sem responsabilidade.
Experimentem, se sair bem feita
E eu, no dia, estiver nessa cidade…
Não insinuo nada:
Apenas lembro que ninguém rejeita
Convite para almoço de feijoada.
ANDRADE, Carlos Drummond de (org.).
Brasil Terra e Alma; Minas Gerais
RECEITA DE FILÉ DE BADEJO
Ingredientes:
6 filés de badejo
2 copos de requeijão
2 embalagens de queijo ralado
1 copo de 200 ml de vinho branco seco
1 creme de sopa (para uso culinário) tipo sopa
1 copo de água de 200 ml
Modo de Preparo
1. Forre um pirex grande de vidro com o requeijão
2. Coloque por cima os filés sem tempero algum
3. Bata no liquidificador o vinho, a água e o creme de cebola
4. Regue os filés e salpique o queijo ralado por cima
5. Cubra com papel alumínio e leve ao forno
6. Após 20 minutos tire o papel e deixe mais 20 minutos
7. Sirva com arroz branco
RECEITA DE MOUSSE DE MARACUJÁ
Ingredientes
1 lata de Leite condensado
a mesma medida (da lata) de suco de maracujá concentrado
meio envelope de gelatina em pó sem sabor (6g)
3 claras em neve
2 colheres (sopa) de açúcar
Modo de Preparo
Dissolva a gelatina em meia xícara (chá) de água fria. Aqueça em banho-maria até derreter. Reserve. Bata no liqüidificador o Leite condensado, o suco de maracujá, meia medida (da lata) de água e a gelatina. Por último junte as claras batidas com o açúcar e misture delicadamente. Coloque em taças individuais. Leve à geladeira por cerca de 3 horas ou até que fique firme. Decore a mousse com chantilly ou polpa de maracujá e sirva a seguir.
Dicas
Se desejar, substitua o suco de maracujá concentrado pela polpa de seis maracujás. O suco de maracujá pode ser substituído por suco de caju ou de abacaxi concentrados. Querendo servir a mousse desenformada, aumente a gelatina para um envelope.
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